segunda-feira, 9 de maio de 2016

Para lá da orla da multidão caminhamos sós.
O homem completo guarda as canetas vazias. Como se os livros nascessem de dentro delas. No lugar que outrora era tinta existe um outro mundo. Que não se pode ouvir. Um lugar por descobrir. Só o coração sabe. O homem completo sabe que nada é vazio.
Na floresta negra as árvores que morrem são as que ficam nas orlas. A floresta nunca envelhece. Nem fica mais pequena, apenas cresce para dentro.



Rodrigo Dias

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